quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Me preparando para o vestibular

Na década de 90, a Fuvest resolveu inovar nas propostas de redação. Muita gente chiou, mas eu achei um ótimo. O mundo estava começando a ficar com a minha cara. Quem sabe eu não tinha mesmo chances de entrar na USP, apesar do curso técnico?

Meu ano de cursinho foi um dos mais cansativos e felizes da minha vida.

Eu devorava aquelas aulas de história geral, história do brasil, geografia e literatura do Anglo. Era como reencontrar amigos queridos que há muito tempo eu não via. E como eram inteligentes, bons de papo, bem humorados, esses meus amigos! Nem sentia o tempo passar.

Meu combinado comigo era aprender o máximo durante as aulas. Não me propunha a estudar nada fora do horário, mesmo porque eu estudava no SENAI das 6:15 às 16:45 (pra aprender desde cedo a ser peão). Era aprender ou largar.

Eu tinha dois melhores colegas no cursinho. Dois que estavam ali pra valer, como eu. Foi com um deles que eu assisti ao show do U2, algum tempo depois.

Foi no cursinho que aprendi a tomar chá mate. Promoção: 1 mate e dois pães de queijo na lanchonete da rua ao lado. E era baratíssimo.

Um dia em que eu voltava do cursinho, a lua estava gigante e minha música preferida começou a tocar no rádio. Era um sinal de que tudo ia dar certo.

E tudo deu certo.

(detalhe: passei no vestibular com maior número de acertos nas matérias de humanas - praticamente gabaritando história e português na segunda fase. Um feito incrível para quem tinha emburrecido durante 4 anos nessas disciplinas...)

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