sábado, 31 de março de 2012

Mais um filho

Orgulhosa do meu outro filho que acabou de nascer: www.facilitacaograficacolheita.com.br

terça-feira, 27 de março de 2012

A busca pelo equilíbrio sábio (1)

Quando os filhos se vão, evidencia-se o problema de ter se deixado de lado por tantos anos.
Quando o filhos estão, evidencia-se o problema de não conseguir se deixar de lado, em alguma medida.

A Aposta

Há dois dias teria sido mais fácil escrever sobre essa felicidade, acontecida aqui mesmo na realidade, não-ficção. Minha cabeça ainda não estava tão bagunçada e eu podia ser feliz sem ressalvas. Agora escrevo com uma felicidade um pouco interrompida, mas ainda assim, isso importa. Da cabeça eu cuido logo mais.

Pois bem, essa criança de 8 anos que eu não conheço bem estava perdendo o chamado final para aprender a ler e escrever (antes de se ver condenado para sempre). A professora já não tinha esperanças. Ele estava, além disso, ressentido por ter que ficar sozinho em casa e pelo fato do pai ter ido embora pra Bahia sem avisar ninguém. Revoltou-se, é justo. Recebeu o troco, como era nos antigamentes. A bola de neve começava a aumentar.

Onde tudo era complexidade e impotência, eu apostei na conquista das palavras. Apostei no pouco que aquela mãe sabia a respeito das letras e no muito amor que tinha por esse filho.

Descobri mais de 40 palavras que podiam ser escritas apenas com as letras do nome do menino - a única coisa que ele sabia escrever. Apostei em tudo o que ele poderia concluir sozinho, colocando as palavras numa disposição calculada, algumas estratégicas lado a lado.

Mostrei meu plano para a mãe, ajustamos, eliminamos algumas palavras que ela não conhecia e imprimi aquela tentativa. Apostamos naquele papel como num bilhete premiado.

E o menino despertou. Não sei se pelo amor de mãe, se pela atenção dessa estranha que se debruçou sobre as letras do seu nome ou se pela genialidade do sistema alfabético. O fato é que ele quer conhecer outras palavras e desvendar as propriedades de outras letras.

E seu coração está mais calmo.
E seu pai ligou.
E sua mãe encontrou alguém que pode ficar com ele, quando ela não está.

A professora passou a ver vida onde via seca. 
A mãe passou a ver uma mestra, ainda que frágil, onde só via lacunas.
E a estranha viu, na contramão do comumente, a beleza corroendo a dúvida.

sexta-feira, 23 de março de 2012

A vida continua

Pois sim, a Paola já nasceu... está com 6 semanas, completadas ontem.

Escrevi um diário em papel durante a gestação - que foi muito bonita e culminou num parto idem. Optei por manter o que é íntimo, íntimo (por menos visitas que este espaço ainda receba).

E voltei aqui não para dar satisfações, mas por me sentir chamada para escrever sobre um assunto meu. E comprovar, muito satisfeita, que vida de "mãe-ela-mesma" continua (mesmo depois que filho nasce e sendo tão pequeno).

Querido blog, que bom te reencontrar. E que bom que ainda podemos ser "só nós dois".