segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Namorinho de portão

Os anos 90 já eram frenéticos, São Paulo já era enorme, mas eu tive a oportunidade de experimentar o "namorinho de portão" em outras cidades. Na verdade, dois: um em Osasco, outro em Ribeirão Preto.

O de Osasco foi sem graça. Muita pressão das amigas mais velhas e excessivamente urbanas. O moço era bonito, mas a sensação era infinita de não estar preparada para beijo nenhum, tentando explicar isso pras pessoas e só recebendo em retorno chantagens e um certo olhar de tédio. Ainda bem que o primeiro beijo ficou pra uma outra ocasião.

Já o de Ribeirão, foi bem gostoso. Ainda não foi dessa vez o beijo, mas valeram as conversas bobas à luz da lua, a lerdeza característica dos tímidos, o tempo que não passava para a gente se admirar melhor, o pensamento longo, a sonoridade bonita da palavra "ele".

E só.

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