No embalo das coisas de antigamente, olhem a foto que eu herdei do meu avô. Acho que ninguém tem uma foto de avô assim:
Na exposição Bossa na Oca descobri que o violão não era tão popular antes de 1958 e de João Gilberto. Levei um susto - nunca poderia imaginar uma coisa dessas. Meu avô nasceu em 1910 e, na foto, ele não parece ter mais de 30 anos. Definitivamente uma vangarda.
Ainda na perpectiva dos paralelos - do antigo que já foi moderno - essa foto poderia ser o correpondente aos pôsteres de bandas que temos hoje - com um band líder de olhar meio rebelde, meio sedutor.
Nem preciso dizer que sou apaixonada por essa foto.
Minha avó mandou muito bem...
sábado, 12 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
O diário do tataravô
Esses dias soube que alguém encontrou o diário do Tataravô. E me deu vontade de também deixar um diário para meus tataranetos.
Queria que fosse um desses diários com capa de couro e símbolo rococó na frente. Coisa de quem não pensa, por um lado, que o diário do tataravô provavelmente era super moderno para a época e, por outro, que o blog de design mais futurista de hoje certamente será visto um dia com muita curiosidade por um colecionador de antiguidades.
Existe uma peculiaridade - talvez romantizada - a respeito dos diários escritos em cadernos com capa de couro que os blogs dificilmente conseguirão mimetizar: a idéia de que, no diário, estariam presentes os diálogos internos, os pensamentos íntimos mais secretos do autor - algo como a "essência a ser descoberta" sobre aquele ser humano.
Estariam mesmo? Me pergunto se também o tataravô - assim como nós blogueiros nos dias de hoje - não optaria por registrar em seu diário apenas as melhores partes daquilo que ele é. Me parece certo que o indíviduo ao menos suspeitasse que seu diário seria lido por outras pessoas depois de sua morte. O que deixar escrito sobre si para um provavel leitor indefinido/aleatório do futuro?
Talvez o diário não fosse projeto público nem tampouco privado. Talvez fosse simplesmente hábito, como são tantos outros hábitos: fazer apenas, sem se perguntar o como nem o porquê.
Queria que fosse um desses diários com capa de couro e símbolo rococó na frente. Coisa de quem não pensa, por um lado, que o diário do tataravô provavelmente era super moderno para a época e, por outro, que o blog de design mais futurista de hoje certamente será visto um dia com muita curiosidade por um colecionador de antiguidades.
Existe uma peculiaridade - talvez romantizada - a respeito dos diários escritos em cadernos com capa de couro que os blogs dificilmente conseguirão mimetizar: a idéia de que, no diário, estariam presentes os diálogos internos, os pensamentos íntimos mais secretos do autor - algo como a "essência a ser descoberta" sobre aquele ser humano.
Estariam mesmo? Me pergunto se também o tataravô - assim como nós blogueiros nos dias de hoje - não optaria por registrar em seu diário apenas as melhores partes daquilo que ele é. Me parece certo que o indíviduo ao menos suspeitasse que seu diário seria lido por outras pessoas depois de sua morte. O que deixar escrito sobre si para um provavel leitor indefinido/aleatório do futuro?
Talvez o diário não fosse projeto público nem tampouco privado. Talvez fosse simplesmente hábito, como são tantos outros hábitos: fazer apenas, sem se perguntar o como nem o porquê.
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Final de Semana
Pensei na semana passada: ainda bem que existem os finais de semana de descanso para podermos trabalhar em paz.
Fala sério, isso não é vida, né?
Fala sério, isso não é vida, né?
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