sábado, 10 de janeiro de 2009

Voz Ativa

Eu fui representante discente no Conselho de Graduação da USP.

Tive que responder por essa desobediência civil numa reunião do C.A. da ECA. Em outros fóruns respondemos aos que achavam que participar das decisões com número tão baixo de alunos era legitimar o que não deveria ser legitimado. Preferiam não ter representantes (o que equivale a não serem ouvidos).

A Voz Ativa foi uma experiência bem legal. Foi possível perceber quais são os truques que os autoritários inteligentes usam para tornar a democracia mais favorável. Também foi uma oportunidade de entender um pouco melhor as forças que compõem a esquerda brasileira e de exercitar a participação.

Foi uma época em que ouvi tiradas memoráveis relacionando regimes políticos aplicados a uma república de estudantes. As Ciências Sociais trazem um repertório magnífico para o humor.

Fazendo uma análise a posteriori, os meninos do C.A. tinham razão a respeito da nossa pretensa representatividade. Assim como nós tínhamos razão a respeito da pretensa representatividade deles.

Éramos, de certa forma, um pequeno retrato do tipo de cultura democrática que, nós brasileiros, temos como sociedade: votamos e torcemos para que os eleitos tenham entendido nosso recado. Que recado? Só deus sabe!

E nós, com todo o excesso de material de pauta para ser lido, encaminhado aos 45 do 2º tempo, fizemos o que pudemos.

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