terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Como deixei de ser técnica

Na década de 90 morreram Cazuza, Renato Russo, Ayrton Senna, Mamonas Assassinas... Morreu também uma futura técnica de automação da manufatura.

Foi na aula de literatura que isso aconteceu. Péssima era pouco: aquelas aulas eram abaixo de qualquer crítica. Vejam se faz algum sentido terminarmos todo o conteúdo de literatura um semestre antes do curso acabar, sendo que a carga horária de humanas é extremamente reduzida no curso técnico. Mas foi isso que a professora declarou que aconteceu.

De forma que, no último semestre, ela nos deixou livres para "criar nosso próprio movimento cultural-literário". Poderíamos falar sobre qualquer coisa, de qualquer forma que quiséssemos. Depois ela informou que poderíamos fazer qualquer coisa com aquilo que tínhamos ou não tínhamos feito (não seria mais preciso entregar ou apresentar o trabalho).

Mas o fato é que eu decidi fazer um vídeo. E aquilo foi um divisor de águas na minha vida. Há anos não tinha tanto estímulo para fazer alguma coisa. Certamente era melhor do que programar robôs e projetar circuitos...

E foi assim que dei uma guinada na vida e fui prestar vestibular em comunicação. Queria fazer cinema, mas eram cinco as disciplinas na segunda fase da Fuvest, contra duas da publicidade. E eu tinha clareza do quanto teria que remar para ter alguma base mínima para passar no vestibular.

Como consegui é tema para outro post.

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