terça-feira, 16 de outubro de 2007

Um Certo Professor Universitário

De nada adianta estudar, escrever livros e conviver tanto com Paulo Freire se tudo o que se consegue incorporar de suas contribuições são as cadeiras organizadas em círculo. Se é somente para ouvir a verborragia, acho melhor a tradicional organização em fileiras. Pelo menos evita torcicolos.

Ouvir para si a crítica que se faz ao outro não é uma habilidade muito desenvolvida no mundo acadêmico. Até aí, nada diferente do restante da humanidade. Auto-crítica é um esporte para poucos.

Mas essa falha vinda dos intelectuais me irrita um pouco mais do vinda das pessoas em geral. Talvez pela frustração das minhas secretas esperanças de que inteligência, capacidade de análise, articulação dos pensamentos, etc (coisas que eles inegavelmente trazem dentro de si e aplicam muito bem em seus escritos) sejam capazes de produzir resultados mais palpáveis nas interações com as pessoas no mundo real.

E aqui estou eu novamente exigindo coerência das pessoas, assim como faço comigo mesma. E, convenhamos, nem eu mesma consigo me responder à altura de minhas exigências.

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