quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Já que o assunto é inevitável...

Bom, vamos falar logo sobre isso, pra não ficar ultrapassado. Já aviso que o assunto é chato.

O episódio Renan Calheiros me deixou mal. Não pela coisa em si, porque dessas a gente já viu (e todos os dias vê muitas microcoisas parecidas). Me deixou mal porque por alguns instantes eu concordei que talvez não haja nada que possamos fazer por nossas almas.

Me arrependi de absolutamente todos os votos que dei e que deram em alguma coisa (também votei para alguns políticos que não foram eleitos). Um arrependimento de mãos atadas de quem não saberia em que outro fulano poderia depositar seu pequeno prezado direito.

Minha impressão é de que se nós, os humildemente auto-intitulados "bem intencionados", não entrarmos urgentemente para a política, não adiantará nada ficarmos pesquisando e esperneando depois de tudo ter dado errado mais uma vez. Além do mais, não há muito o que concluir a respeito de votações secretas.

Também me vem à cabeça a frase de um certo professor de economia. Ele afirmava que o bicho político é muito sensível a mensagens claras da sociedade. O problema é que mensagens claras nascem de grupos coesos, de assuntos bem discutidos. E o Brasil, infelizmente para este caso, é muito grande, muito diverso e muito pouco dado a papos sérios demais. Será que é possível criar fóruns de discussão política realmente representativos?

Os dois últimos parágrafos parecem duas fênix renascendo em meio às cinzas. Duas esperanças - bem mais complexas do que aquelas que eu tinha anteriormente - mas, de qualquer forma, duas esperanças.

O ideal seria que a partir de agora as esperanças evoluíssem pra alguma coisa mais concreta.

2 comentários:

Camila disse...

Fundar um partido de extrema-direita que enxugue o Estado, deixe a iniciativa privada dar conta dos empregos e invista, primeiro, em Saúde. Depois, em educação. Garante-se que as pessoas estejam vivas e depois que tenham formação para se virarem. Eis a solução proposta por um amigo. Será?

Camila disse...

Relendo o escrito, aproximadamente 1 mês depois, e o Renan já está licenciado, prestes a renunciar. às vezes eu acho que o que falta em nós é apenas um pouco mais de paciência. Outras vezes, que a gente precisa é ter menos paciência.