terça-feira, 18 de setembro de 2007

Busca pela própria identidade - essa Odisséia

Eu não gosto do bom gosto
Eu não gosto de bom senso

Não, não gosto dos bons modos, não gosto


Eu gosto dos que têm fome

Dos que morrem de vontade

Dos que secam de desejo

Dos que ardem

(Adriana Calcanhoto)


Querer é muito difícil - conseguir o que se quer é incomparavelmente mais fácil. Querer se desaprende com a educação. (É mais conveniente aquele que prefere ceder à lutar - e quando a regra é lutar, quem ousará dizer que tem outros planos?)

Se é difícil lidar com as exigências de fora, é enlouquecedor lidar com as exigências de dentro. E após algumas décadas dessa confusão que se torna um hábito, é praticamente impossível discernir que voz é de quem.

A felicidade - vista por muitos como um objetivo - pra mim funciona muito mais como um termômetro, uma bússola. Identificar aquelas coisas que me trazem alegria é o caminho mais seguro até mim mesma. Nos outros momentos, é grande a chance de eu estar fingindo ser outra pessoa.

Ainda não sei exatamente o que quero, mas estou a caminho.

Um comentário:

Bera disse...

Que texto lindo. As lacunas preenchidas por vida, foi o que eu senti. Sentimento bom de ver vc crescer.
Minhas vontades são como uma casquinha de ovo de colibri, e eu ainda complico e fico perguntando por que? para que? cada vez que uma delas levanta o dedinho tímido.
É que tem gente que quer qualquer coisa, quereres insípidos, não é que eu queira falar mal(rs), mas vc sabe do que eu estou falando...
Brigado pela visita lá. Ajuda muito sempre.
Abraço grade, de amigo.