domingo, 26 de outubro de 2008

Num canto do armário

Várias coisas estão convergindo para lentamente me persuadirem a cuidar mais do corpo (no sentido estético mesmo, a saúde apenas pegando carona). Isso acontece de vez em quando - e nunca com o ímpeto ou a persistência necessários.

Aliás, os momentos em que me lembro de ter conseguido efetivamente emagrecer foram poucos e não necessitaram das virtudes acima. Coincidiam com meses de trabalho excessivo que envolviam deslocamentos constantes e alimentação precária (como quando fui presidente do Centro Cívico, ocupadíssima, no colegial, ou organizando um evento com a relação grandeza-equipe desfavorável, bem mais tarde) ou naqueles meses de intensa paixão (dessas de fazer a pessoa perder a fome e se alimentar de brisa). Nesse último caso, a "boa forma" veio também acompanhada de outros hábitos embelezantes: postura impecável, cortes de cabelos, roupas, pefumes, unhas, sapatos, sorrisos... (portanto, meninas, se puderem escolher, eu indico o método nº2) .

Atualmente tenho querido voltar para o Vôlei. Só de pensar em ver aquela rede-passando-abaixo-da-altura-dos-olhos-para-que-o-braço-alcance-a-bola-que-vai-ao-chão, já sinto a alegria rondar...

O sol também é um convite para comprar biquinis novos, acompanhado das várias exigências silenciosas e insuportavelmente barulhentas embutidas nessa ação (e para as quais invariavelmente me finjo de surda). Aaaaaaaaahhhhhhhh!

O post sobre as coisas do mundo do vivos também abriu minha consciência. E tem também um outro fator, mas esse não é apropriado para este espaço.

Tomara que a onda venha forte mesmo como está parecendo que virá. Que não vire uma frustrante marolinha como tantas outras vezes.

Minha velha calça manequim quarenta continua à postos, paciente e à espera, enquanto me fita num canto do armário.

Um comentário:

Kris Arruda disse...

Lutinha dura dos infernos. Entendo bem. Mas vale a pena, a hora que vc resgatar essa calça lá do canto e botar ela na rua vai se sentir muito bem.