Pois dança contemporânea é isso: explorar os movimentos e limites do corpo e suas interações com outros corpos (vivos ou não) buscando um significado (uma expressão) ao invés de um padrão (uma perfeição).
Fuerza Bruta é um espetáculo estético, luminoso, engenhoso. Fala dessa loucura que é a vida, dos encontros e desencontros, da roda-viva que nos traz coisas e depois nos tira, das transformações, da perda da ingenuidade, da vontade de romper, da necessidade de arriscar. Significado forte (e bruto, como era pra ser).
Não virei tiete, entretanto. A engenharia do espetáculo é impecável, os efeitos deslumbrantes (com o mérito suplementar de contar apenas com engenhocas, água, vento e artigos de papelaria), mas algo me faltou.
Fiquei desejando um equilibrio maior do vídeoclipe com aquilo que é propriamente humano. Queria sentimento, reação, atuação. Queria que os atores fossem densos como o tema que se propuseram a abordar.
Ter tido uma excelente professora de dança contemporânea me fez mal em algum sentido.
Ah, e antes que eu me esqueça: ainda bem que os homens crescem e seus hormônios se regularizam. Adolescente homem é realmente um bichinho muito babaca...
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