quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Homenagem

Este post vem sendo preparado há muito. Coisa delicada, falar da morte de um pai.

Um pai que foi, na vida do filho - e que ainda seria, na educação dos netos - uma dose saudável de desequilíbrio que equilibra os excessos de planejamento, responsabilidade e ponderação.

Não reverenciava a vida a ponto de mantê-la "custasse o que custasse". Reverenciava a vida a ponto de colocá-la em risco. Não perdeu nenhum dos paladares que lhe faziam tão bem e tão mal. Não trocou paixões por promessas de vida mais longa. Fez as escolhas mais difíceis, enquanto acreditava decidir não decidir.

Que meu sogro descanse em paz, se assim tiver que ser. Ou que permaneça eternamente falando demais, divertindo e impacientando o todo poderoso, fazendo a mesma bagunça que fazia na terra, agora no céu.

2 comentários:

L. disse...

Puxa.
Agora venho eu oferecer minhas condolências (palavra estranha, sentimento idem).
Força, minha querida. Sempre.
Beijo,
Lemu

Anônimo disse...

Admiro muito que tem a sensatez da escolha. É lucidez, pra se admirar, pro resto da vida.