domingo, 16 de dezembro de 2007

Coordenação de Grupos

Se eu estivesse fazendo a curva de maturidade do SBDG, já teria duas ou mais coisas importantes para falar sobre mim no exercício da coordenação de um grupo.

A primeira: tenho - que bom! - olho de lince para identificar quem não é construtivo para o trabalho do grupo e não deseja sê-lo. Entretanto - que ruim! - tenho a tendência de querer fortalecer os demais contra aquele. Em casos extremos, procuro excluir, não me relacionar e, se possível, tirar a voz do dito cujo. Realmente não sei lidar bem com mau-caráter. Porém cada vez me convenço mais da frase de alguém que demorei a levar em consideração: "Inimigo a gente tem que manter bem próximo, especialmente os perigosos". Vou ter que aprender.

A segunda: tenho - que bom! - um profundo senso de responsabilidade e boa habilidade para administrar conflitos, situações difíceis e informações complexas. Minha metodologia - que ruim! - é trazer tudo para dentro da caixola, processar, filtrar e devolver para as pessoas apenas o sumo daquilo que eu considero importante para a resolução das questões. Não estou discutindo a sobrecarga da pessoa, mas a eficácia do processo. Deixa a desejar. Em geral contribuo apenas parcialmente para instituir a transparência no grupo, por culpa do meu excesso de dedos proveniente, por sua vez, da minha necessidade de ter controle sobre as situações, especialmente as profissionais. Tudo com a melhor das boas intenções de que tudo dê certo. Eu nunca teria falado para alguém "que olhar desconfiado que você tem!" - em grande parte responsável por levar o grupo para um nível de coesão muito maior no dia de ontem. Devolver certos processamentos para quem é de direito (e portanto muito, mais muito mais capaz de fazê-los do que eu, sapa de fora). Isso eu também vou ter que aprender.

Um comentário:

Anônimo disse...

É assim mesmo que um estilo se forma, acertando e errando e reconhecendo ambos. É preciso lembrar sempre que "a resposta é a desgraça da pergunta" A pergunta tem mais possibilidades de ser neutra e nos impede de julgar.
Assim os maucaráteres ficam expostos e evidentes em seu meio e por seus pares serão tratados, muito mais eficaz (e mais duro).
Também tem os foras e as perguntas erradas na hora errada, mas aí também é querer acertar demais. Conviver bem com as falhas faz parte.
Abração